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Por Maria de Sousa
“Amar se aprende amando” – Carlos Drummond de Andrade
No dia 31 de outubro de 1902, nasceu na cidade de Itabira, Minas Gerais, Carlos Drummond de Andrade, poeta, contista e cronista brasileiro, tido por alguns como o mais influente poeta brasileiro do século XX . Foi um dos principais poetas da segunda geração do Modernismo Brasileiro (“movimento cultural, artístico e literário da primeira metade do século XX”). A Semana de Arte Moderna, ocorrida em 1922, foi o marco inicial do Modernismo no Brasil.
Seu interesse pelas letras e pela literatura surgiu desde pequeno. Em 1921, começou a publicar artigos no Diário de Minas. Seu primeiro livro chamado “Alguma Poesia” foi publicado em 1930. Sua forma de fazer poesia segue a libertação sugerida por Mário de Andrade e Oswald de Andrade; com a criação do verso livre, mostrando que este não depende de um metro fixo.
Esse genial Poeta costumava dizer: “Se eu gosto de poesia? Gosto de gente, bichos, plantas, lugares, chocolate, vinho, papos amenos, amizade, amor. Acho que a poesia está contida nisso tudo”.

Sua mensagem nos enriquece de sabedoria, demonstrada assim: “A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.”
“Em 1946, foi premiado pela Sociedade Felipe de Oliveira, pelo conjunto da obra. O Modernismo exerceu grande influência em Carlos Drummond de Andrade. O seu estilo poético era permeado por traços de ironia, observações do cotidiano, de pessimismo diante da vida e de humor. Drummond fazia verdadeiros “retratos existenciais” e os transformava em poemas com incrível maestria. Carlos Drummond de Andrade foi também tradutor de autores como Balzac, Federico Garcia Lorca e Molière” (in https://www.ebiografia.com/carlos_drummond/).
0 Premio Jabuti de 1997, com Farewell, livro póstumo (1996), obra que toca em temas centrais da poética do escritor: o tempo, o amor, a brevidade da vida, a família. Não entrou para Academia Brasileira de Letras por um único motivo: nunca teve interesse em candidatar-se.
Destaco, dentro da vastíssima obra, as seguintes: Sentimento do Mundo – poesia, 1940; A Rosa do Povo – poesia, 1945; Contos de Aprendiz – prosa, 1951; Confissões de Minas – prosa, 1944; Antologia Poética – poesia, 1962; A Bolsa e a Vida – crônicas e poemas, 1962; Boitempo – poesia, 1968; Cadeira de Balanço crônicas e poemas, 1970; De notícias e não notícias faz-se a crônica – crônica, 1974; Boca de Luar- crônicas, 1984; Amar se Aprende Amando – poesia, 1985.
Deixou um riquíssimo legado à Literatura Brasileira. Faleceu no dia 17 de agosto de 1987, no Rio de Janeiro . Finalizo com um dos poemas mais conhecidos e expressivos desse grande Poeta Brasileiro do século XX:
No Meio do Caminho
No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Tinha uma pedra No meio do caminho tinha uma pedra
Nunca me esquecerei desse acontecimento Na vida de minhas retinas tão fatigadas Nunca me esquecerei que no meio do caminho Tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho No meio do caminho tinha uma pedra.

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Nossas homenagens a esse inesquecível Poeta Brasileiro chamado CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE!
Referências: https://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Drummond_de_Andrade.Acesso em 6/12/18; https://www.todamateria.com.br/modernismo-no-brasil/. Acesso em 7/6/19; https://www.ebiografia.com/carlos_drummond/, acesso em 11.6.19; https://www.suapesquisa.com/biografias/drummond.htm, acesso em 26.6.19.