Por Maria de Sousa

Cora Coralina Foto: Wikipédia
“Nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas” – Cora Coralina.
“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher” – Cora Coralina.
No dia 20 de agosto de 1889, nascia na cidade de Goiás, município do Estado de Goiás, Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, mais conhecida com o pseudônimo de Cora Coralina. Ela foi uma grande poetisa e contista brasileira, responsável por belos poemas.
Mulher simples, doceira de profissão, vivia longe dos centros urbanos alheia a modernismos literários, no entanto, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.
Ainda muito jovem escreveu seus primeiros textos, os quais foram publicados nos jornais de Goiás e de outras cidades.
Viveu por um longo período no interior e na capital paulista, e, quando viúva, trabalhou como vendedora na Editora José Olympio, onde lançou seu primeiro livro, em 1965, aos 76 anos de idade: “O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais”. Em 1976, lançava o livro “Meu Livro de Cordel” pela Editora Goiana, mas o interesse do grande público só foi despertado graças aos elogios feitos pelo poeta Carlos Drummond de Andrade, em 1980.
Entre os vários títulos e prêmios recebidos por Cora Coralina, destacamos: 1983 – Goiânia – Título de Doutor “Honoris Causa” concedido pela Universidade Federal de Goiás, e 1984 – São Paulo/SP – eleita intelectual do ano de 1983 e agraciada com o “Prêmio Juca Pato” da União Brasileira dos Escritores.

Sua simplicidade e seu talento nos mostram que não há idade para realizar nossos sonhos, afirmando:
“A verdadeira coragem é ir atrás de seus sonhos quando todos
dizem que ele é impossível “.
Sua coragem e determinação estão presentes em seus poemas, expressando:
“Fiz a escalada da montanha da vida removendo pedras e
plantando flores”.
Sua contribuição à Literatura Brasileira é imensa.
Faleceu em 10 de abril de 1985, em Goiânia – GO.
Concluindo, deixamos um de seus belos poemas:
Aninha e suas pedras
Não te deixes destruir…
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces.
Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.

Poeta não é somente o que escreve.
É aquele que sente a poesia, se extasia sensível ao achado de uma rima à autenticidade de um verso” – Cora Coralina.
Nossas homenagens a essa inesquecível poetisa brasileira: CORA CORALINA !
Referências:
Cora Coralina – Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora_Coralina>, acesso em 28/6/17;
Poema: “Aninha e suas Pedras” – Disponível em:
<http://www.poesiaspoemaseversos.com.br/cora-coralina-poemas>, acesso em 28/7/17;
Frases de Cora Coralina – Disponível em:
< https://www.pensador.com/autor/cora_coralina/>, acesso em 27/7/17;