Por Maria de Sousa
“Minas sem mar, Minas em mim, Minas comigo” Guimarães. Rosa.

“O sertão não tem janelas, nem portas. E a regra é assim: ou o senhor bendito governa o sertão, ou o sertão maldito vos governa” – Guimarães Rosa.
A Literatura Brasileira é rica em talentos geniais.
Falaremos de um dos seus maiores representantes: Guimarães Rosa.
João Guimarães Rosa, nasceu em 27 de junho de 1908, na cidade de Cordisburgo, estado de Minas Gerais. Foi escritor, diplomata, novelista, romancista, contista e médico. Aclamado por muitos como o maior escritor do século XX e um dos maiores de todos os tempos.

Trajetória de Guimarães Rosa: seus primeiros contos foram publicados na revista “O Cruzeiro”; formou-se médico na Universidade de Minas Gerais, em 1930; durante a Revolução Constitucionalista, em 1932, voltou para Belo Horizonte para servir como médico voluntário da Força Pública;

em 1934, vai para o Rio de Janeiro e presta concurso para o Itamarati. Culto, sabia falar mais de nove idiomas, conseguiu aprovação em segundo lugar; com a coletânea de contos “Magma”, conquistou o primeiro lugar em um concurso ao Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras, em 1936, mas não publicou a obra; iniciou a produção de “Sagarana”, volume de contos que retrata a vida das fazendas mineiras, no ano de 1937; Foi nomeado cônsul-adjunto na cidade de Hamburgo, Alemanha, entre os anos de 1938 e 1944, sendo que, em 1942, foi preso quando o Brasil rompeu a aliança com a Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial; foi para Bogotá, como Secretário da Embaixada Brasileira, no ano seguinte; publica, em 1946, “Sagarana” que se transforma em sucesso de crítica e público, esgotando as duas edições no mesmo ano e, sendo a obra, vencedora do Prêmio da Sociedade Felipe d’Oliveira; residiu em Paris de 1946 a 1951. No ano de 1952, realiza excursão ao Estado de Mato Grosso e escreve uma reportagem poética, “Com o Vaqueiro Mariano”, sendo a mesma publicada no Correio da Manhã; o escritor publicou “Corpo de Baile” e “Grande Sertão: Veredas”, em 1956, após dez anos de sua estreia literária. foi promovido Embaixador, em 1958, mas resolve não sair do Brasil e ficar no Rio de Janeiro; foi eleito para Academia Brasileira de Letras, em 1963, mas, por decisão própria, só é empossado em 1967.
“Os contos e romances escritos por Guimarães Rosa ambientam-se quase todos no chamado sertão brasileiro. A sua obra destaca-se, sobretudo, pelas inovações de linguagem, sendo marcada pela influência de falares populares e regionais que, somados à erudição do autor, permitiu a criação de inúmeros vocábulos a partir de arcaísmos e palavras populares, invenções e intervenções semânticas e sintáticas” (in Wikipédia).

O SERTÃO DE GUIMARÃES ROSA
A palavra “sertão” tem muitas versões, mas está, também, intimamente relacionada com a história e a identidade social e cultural brasileira, principalmente da região nordeste e norte de Minas Gerais.
“…A obra Grande Sertão: Veredas escrita por Guimarães Rosa é um clássico escrito na década de 1950 que aborda a relação das pessoas com a natureza, imerso em seu contexto sócio-cultural e ambiental, descrevendo com fidelidade a vida sertaneja brasileira e sua íntima relação com o Bioma Cerrado: “o sertão é o mundo” mas um mundo dentro do Cerrado….” (https://museucerrado.com.br/arte/literatura/o-cerrado-em-guimaraes-rosa/).
“O romance “Grande Sertão: Veredas” é sua obra prima. Fez parte do terceiro tempo do Modernismo, caracterizado pelo rompimento com as técnicas tradicionais do romance” (in InfoEscola).

Foi casado, em segundas nupcias, com Aracy de Carvalho, conhecida como
“Anjo de Hamburgo” (ela salvou judeus do holoucasto). Ele dedicou à Aracy, o livro “Grande Sertão: Veredas”, de 1956. Dentre as obras do autor, destacam-se:
Sagarana, 1946; Corpo de Baile, 1956; Grande Sertão: Veredas, 1956; Primeiras Estórias, 1962; Tataméia, 1967; Estas Estórias, 1969; Ave, Palavra, 1970; Magma, 1997.
Faleceu no Rio de Janeiro, dia 19 de novembro de 1967, três dias após
tomar posse na Academia Brasileira de Letras.
Guimarães Rosa deixou um rico legada à Literatura Brasileira, através de um grande trabalho de vida dedicado à medicina, diplomacia e literatura, onde renovou o romance brasileiro e conquistou muitos leitores em vários países.
“O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e
esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O
que ela quer da gente é coragem” – Guimarães Rosa.
Nossas homenagens a esse genial escritor brasileiro chamado
GUIMARÃES ROSA!

Referências
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guimar%C3%A3es_Rosa, acesso em 6/1/2020;
https://www.infoescola.com/literatura/guimaraes-rosa/, acesso em 6/1/2020;
Foto: https://www.infoescola.com/literatura/guimaraes-rosa/, acesso em 6/1/2020.

Belo artigo Maria! Ótimo conteúdo, muito interessante. Gostei muito.
Vivian,
Obrigada pelo belo comentario!
Parabéns Maria, pela empenho e defeza cultural dessa terra tão Querida!
Luísa,
Obrigada pela participação!
Nosso Brasil é maravilhoso!
Parabéns Maria, escritor genial, a última frase dele no seu texto , caiu muito bem prós dias de hoje ” a vida espera coragem!!!””
Kátia,
Ele é um escritor genial !
Viva o Brasil!
Muito Obrigada!
Caríssima Maria de Sousa,
Seus artigos e pesquisas literários sobre a Caatinga e Cerrado exaltam e enobrecem a nossa cultura.
Parabéns!
🇧🇷🇧🇷👏👏👏
Nair,
Suas belas palavra me fortalecem nesse caminho em defesa do Meio Ambiente.
Muito obrigada!
Belíssimo artigo Dra Maria de Sousa. 👏🏻👏🏻
Fernando,
Obrigada pelas palavras!
VIVA o Brasil!
Parabéns, Maria por colocar a cultura Brasileira de modo simples e profundo, e também nos esclarece para o caminho da conscientização do que é nosso, pois sabemos, que o povo Brasileiro está acordando para o despertar de uma nova consciência cultural, que serão valorizados, por nós, e pelo mundo inteiro.
Luísa,
Obrigada pela belíssima mensagem!
Viva o Brasil!
Viva Guimarães Rosa!
Belíssimo artigo! Parabéns Maria !!!
Herlyane,
Agradeço as belas palavras!